segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ser feliz



 



Propuseram-me a falar sobre o poder das palavras...pois bem, pensei, mas que elas ferem, elevam, encantam e aterrorizam, eu já sei e ficaria clichê demais ficar nisso.
Presto-me então, com humildade de aspirante á escritora falar sobre uma só, mote maior da nossa vida: Felicidade.
Aristóteles dizia que ela está em ser virtuoso, que as virtudes são essenciais e que cada pessoa tem a sua e encontra sua felicidade, lindo não?
Bem, nem há como discordar disso, pois se formos realmente atentos às pequenas coisas do nosso dia, encontraremos-na em coisas de simplicidade extrema, como em um copo de água quando estamos com sede, em uma flor que o amado nos traz, no prazer de um banho relaxante depois de um dia difícil, enfim, poderemos ver que não é tão difícil ser feliz, apesar de tudo e todos que enfrentamos em nossos dias.
Não me refiro a contentar-se com pouco, deixar de lutar por uma vida melhor, mais confortável, mas sim aproveitar o momento, não deixar pequenas oportunidades de alegria passarem em branco.
Basta um olhar atento, e na simplicidade do dia a dia encontraremos mais razões e forças para alcançarmos nossos mais elevados sonhos, e, se por acaso não se realizarem, ao menos teremos as coisas simples, um olhar mais amplo da vida, do mundo, das pessoas e isso nos tornará virtuosos, por consequencia...felizes, segundo o mestre.
A correria, a rotina nos tira essa visão ampla, bela, olhemos mais fundo, mais longe e quem sabe teremos ao menos paz, outra grande motriz de nossa vida.
Ser feliz é... bem, não sei, mas continuo a procurar nas simplicidades de meu coração ansioso e curioso, mas que fica feliz com um bom dia sorridente de um estranho na rua enquanto vai a um curso profissionalizante.

Carina.

Renovações

 

Acordou cedo, olhou-se no espelho, atentou-se para os cabelos loiros, cacheados, longos, olhou para seu rosto, a pele alva e sardenta, pequenas linhas de expressão ( não deveria ter sido tão relapsa com o protetor solar, pensou).
Mas apesar de tudo, achou que estava bem apesar dos 42 anos e dois filhos, era magra e alta, uma mulher atraente, de porte clássico, tinha uma vida abastada.
Pensou na vida que levava, no seu dia a dia... cuidava na casa, filhos longe, na faculdade, marido trabalhava muito, quase não ficava com ela, estava vazia, tantos planos deixou para cuidar da família!
Não se arrependia, mas agora queria algo mais para preencher seu tempo, sentir-se viva, fazer algo para ela... mas o que seria?
Criou coragem, ligou para o cabelereiro, cortou-os bem curtos e pintou-os de preto, saiu do salão e matriculou-se em um curso superior, finalmente seria advogada! bastaria a dedicação para o vestibular.
Comprou roupas novas e de um estilo totalmente adverso do que costumava usar... chega de ser básica, cara lavada, sem cor!! quero colorir minha vida enquanto há tempo, realizar meus sonhos, tornar-me útil para mim mesma, foi assim matutando para a casa.
Contou para o marido, que apesar do espanto, aprovou as mudanças.
Á noite, antes de dormir, olhou-se no espelho novamente e viu uma outra mulher... a mesma pele alva e sardenta, mas as linhas haviam suavizado, o olhar brilhava mais, havia vida naqueles olhos claros agora, havia esperança de renovação, não só da aparência, mas também do espírito, da alma.
Na manhã seguinte foi à livraria comprar material para iniciar os estudos.

Carina.

Caminhos

 

No meio do caminho havia a dor, a desilusão...
E agora José? a festa acabou, a luz apagou
A noite parece que realmente chegou!
Noite escura essa, José, fria e tenebrosa,
Até a lua está nervosa
E agora José? tanta coisa no meio do caminho,
Doi feito dor de espinho;
Mas não se esqueça de uma coisa, no fim do caminho, José
Há de amanhecer, tenha fé
O Sol virá e será lindo, claro e tudo ficará bem...
E realmente o sol veio... e agora José, acredita em mim?
Lembre-se de que no meio do caminho existe a esperança
Tudo passa José, basta acreditar, nunca levar para a noite, sua criança
Ela vive em seu coração, sabe aquela fé de menino, que acredita em papai noel?
Pois então José, leve-a sempre consigo, a noite acaba, vai para o beleléu...
E agora José: no meio do caminho há o que?
Tudo depende de você!

Carina.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Moinhos...

Império dos moinhos



Moinhos,
tortuosos e arrogantes moinhos,
em seus pedestais de pedra.
Indolentes, inertes e egoístas.
Altivos em sua pseudo realeza,
soberanos sobre seus súditos que curvam-se ao vento,
soberbos em sua monótona sinfonia,
revelam, em sua apatia, a realidade da vida.
Sem fim.
Interminável como o próprio tempo.
Incontrolável como o vento.
Rei, na majestada de uma vida soprada pela calmaria
da anunciada tempestade.
Aclamado por seus vassálos de trigo.
Perene, sereno, constante.
 
Poesia de meu querido... Renato

Palavras...

Apenas palavras



Apenas palavras, apenas palavras...
A plenas palavras!
Palavras plenas.
Penas...
Palavras...
Palavras de pena..
Pena das palavras?
Pena das plenas palavras?
Apenas pena?
Palavras
 
 
Poesia de meu amado marido... Renato Luiz Cardoso